O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) solicitou ao Tribunal de Justiça a anulação da denúncia oferecida contra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em novembro de 2020 no inquérito das rachadinhas. O parlamentar, filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro, foi acusado dos crimes de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Segundo o procurador-geral de Justiça do Rio, Luciano Mattos, a anulação de quase todas as provas obtidas na investigação pelo Superior Tribunal de Justiça e pelo Supremo Tribunal Federal esvaziou a denúncia. Mattos diz que a investigação deve ser reiniciada a partir do primeiro relatório financeiro do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que apontou movimentações atípicas na conta de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio.
Queiroz foi apontada como o operador do esquema de rachadinha, que consiste na apropriação da maior parte dos salários dos funcionários lotados no gabinete pagos com dinheiro público. O pedido do MP, protocolado no último dia 30 de março, deve ser julgado pelo Órgão Especial do TJ-RJ na semana que vem.