O Ministério Público de São Paulo pretende ouvir pacientes e familiares de vítimas da Covid-19 que estavam sob tratamento com a empresa Prevent Senior e utilizaram o chamado “kit covid”, conjunto de remédios do tratamento precoce sem eficácia comprovada contra a doença, formado por medicamentos como cloroquina e ivermectina. O plano do MP é de inquirir 50 pessoas até dezembro. As informações são de reportagem do portal G1.
A investigação do MP apura possíveis três crimes cometidos pelos responsáveis pela Prevent Senior: homicídio, falsidade ideológica e omissão de notificação de doença obrigatória às autoridades. Entre as pessoas já ouvidas pelo MP está o advogado Tadeu Frederico de Andrade, que no último dia 7 falou à CPI da Covid do Senado. Andrade contraiu a Covid-19, foi cuidado pela Prevent Senior e chegou a ser visto como um caso incurável por médicos da empresa, que recomendaram à sua família a adoção de cuidados paliativos - aqueles que se usa quando o paciente não tem mais condições de recuperação. A família de Andrade rejeitou a ideia e ele se recuperou. A suspeita dele e de seus familiares é que a Prevent Senior atuou deste modo por conta dos elevados custos de manutenção de um paciente na UTI.