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O Ministério Público Federal (MPF) arquivou a investigação sobre gastos com diárias e passagens da força-tarefa da extinta Operação Lava Jato. O MPF afirmou que não encontrou indícios de improbidade administrativa contra o ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos-PR), que coordenava o grupo. Atualmente, Deltan é candidato a deputado federal.
Segundo o parecer do procurador da República Paulo José Rocha Júnior, o modelo utilizado na força-tarefa era usado “costumeiramente” pelo Ministério Público em suas investigações e Dallagnol não pode ser responsabilizado por seguir o precedente, informou o Estadão. “Não se vislumbra na conduta de Deltan Martinazzo Dallagnol vontade livre e consciente de causar prejuízo ao Erário, tampouco sua efetiva ocorrência, não restando caracterizado ato de improbidade administrativa”, disse o procurador.
No mês passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) condenou Deltan a devolver R$ 2,8 milhões gastos na Lava Jato por entender que o modelo da força-tarefa foi “antieconômico”. A Corte de contas pediu que o MPF investigasse o caso. Apesar de o Ministério Público ter arquivado a ação, o julgamento do TCU segue valendo.
“A conclusão do MPF é inequívoca: Deltan não cometeu ato doloso de improbidade administrativa. O arquivamento reforça o equívoco da decisão do TCU e contraria, portanto, a alegação infundada que o ministro Bruno Dantas fez durante o julgamento”, afirmou Arthur Guedes, advogado que representa Deltan, ao Estadão, em nota.