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Justiça

MPF processa a União por “atuação antidemocrática” de Sergio Moro na Lava Jato

Sergio Moro
Procuradores do Ministério Público Federal (MPF) de Mossoró, no Rio Grande do Norte, apresentaram uma ação civil pública contra a União por danos morais coletivos causados pelo ex-juiz Sergio Moro durante a condução da Lava Jato. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Dois procuradores do Ministério Público Federal (MPF) de Mossoró, no Rio Grande do Norte, apresentaram uma ação civil pública contra a União por danos morais coletivos causados pelo ex-juiz Sergio Moro durante a condução da Lava Jato.

No processo, os procuradores Emanuel Ferreira e Camões Boaventura afirmam que a operação que desvendou o maior esquema de corrupção na história do País causou uma “erosão constitucional” e que Moro teve uma atuação “antidemocrática” em sua conduta.

Eles destacam que o magistrado atuou de modo parcial e inquisitivo, demonstrando interesse em influenciar indevidamente as eleições presidenciais de 2018, sendo nomeado ministro no período posterior ao pleito. A ação afirma ainda que a Lava Jato, de maneira geral, influenciou de modo inconstitucional o processo de impeachment de 2016 da então presidente Dilma Rousseff.

Os autores ressaltam que, enquanto juiz federal, Sérgio Moro apresentou comportamento que revela “sistemática atuação em violação à necessária separação entre as funções de julgar e investigar” e praticou reiteradas ofensas contra o regime democrático.

Como reparação, os procuradores pedem que a União promova a educação cívica para a democracia no âmbito da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (ENFAN) e da Escola Nacional do Ministério Público (ESMPU), com o objetivo de prevenir que agentes do sistema de justiça atuem em prol de novos retrocessos constitucionais.

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