O Ministério Público Federal (MPF) recorreu nesta sexta-feira (11) contra a decisão que absolveu o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) pelo suposto recebimento de R$ 2 milhões em propina da J&F. O juiz Ali Mazloum, da 7.ª Vara Federal Criminal, considerou que ficou "provada a inexistência do crime". O processo foi aberto após a Procuradoria-Geral da República (PGR) protocolar uma denúncia contra o parlamentar em 2017.
No recurso, o Ministério Público Federal (MPF) reafirmou "não ter dúvidas" de que houve corrupção, assim como já tinha feito ao apresentar as alegações finais. A decisão também beneficia a irmã do deputado, Andrea Neves, o primo deles, Frederico Pacheco de Medeiros, e o ex-assessor parlamentar Mendherson Souza Lima.
"O recurso apresentado pelo Ministério Público é ato esperado e rotineiro. A defesa confia que a decisão da Justiça será mantida, em especial porque os próprios delatores, em recente depoimento, confirmaram a inexistência de qualquer irregularidade por parte do deputado Aécio Neves", disse o deputado em nota divulgada pelo Estadão.