O Ministério Público Federal (MPF) voltou a pedir o bloqueio de quase R$ 20 milhões em bens do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), em uma ação de improbidade administrativa. A Procuradoria questiona contratos firmados por Barros para compra de remédios para o tratamento de doenças raras em 2017, quando ele atuou como ministro da Saúde na gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB).
O pedido foi encaminhado na quarta-feira (22) à 22.ª Vara Federal do Distrito Federal, segundo o Estadão. O MPF pede que os réus sejam intimados para prestar informações. Além do deputado, a ação atinge quatro ex-servidores da pasta e a empresa Global Gestão em Saúde, que pertence a Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos.
O Ministério da Saúde fez o pagamento antecipado de R$ 19,9 milhões, mas nunca recebeu os medicamentos. De acordo com a investigação, pelo menos 14 pacientes morreram e quase 100 tiveram o quadro agravado pela falta dos medicamentos.