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O ministro Carlos Fávaro, da Agricultura, criticou nesta segunda (17) a invasão de uma fazenda da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa) em Pernambuco pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no último final de semana.
Em uma postagem nas redes sociais, Fávaro chamou a invasão de “crime” e disse que a área é voltada ao desenvolvimento de técnicas sustentáveis de produção do agronegócio.
“Inaceitável! Sempre defendi que o trabalhador vocacionado tenha direito à terra. Mas à terra que lhe é de direito! A Embrapa, prestes a completar 50 anos, é um dos maiores patrimônios do nosso país. O agro produz com sustentabilidade se apoia nas pesquisas e todo o trabalho de desenvolvimento promovido pela Embrapa. Atentar contra isso está muito longe de ser ocupação, luta ou manifestação. Atentar contra a ciência, contra a produção sustentável é crime e crime próprio de negacionistas”, disse.
Também na segunda (17), a Embrapa afirmou que a unidade invadida é composta de “terras agricultáveis e de preservação da Caatinga, pertencentes à antiga Unidade de Serviços Produtos e Mercados (SPM)”.
O local, segundo a empresa, é utilizado para a “instalação de experimentos diversos e multiplicação de material genético básico de cultivares”, e que a invasão atingiu, ainda, áreas de preservação da Caatinga, “comprometendo a vida de animais ameaçados de extinção, além de pesquisas para conservação ambiental e de uso sustentável do Bioma”.
Já o MST classificou a área como um “latifúndio” e pede um projeto de assentamento para a reforma agrária. Cerca de 600 famílias estão acampadas na área federal.