O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.| Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, criticou o documento encontrado pela Polícia Federal na casa do ex-ministro Anderson Torres, que teria como objetivo reverter o resultado da eleição presidencial. Pelas redes sociais, Torres informou que o documento achado pela PF foi "vazado fora de contexto". "O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá e vazado fora de contexto, ajudando a alimentar narrativas falaciosas contra mim", afirmou o ex-ministro.

Dino classificou a minuta como "espantosa" e afirmou que, se recebesse um documento igual enquanto é ministro, mandaria prender quem entregasse. "Não cabe a mim avaliar a conduta deste cidadão, mas apenas avisar que, se alguém me entrega um documento desse, dou ordem de prisão. Não vou guardar, não vou triturar, dou ordem de prisão. É por isso que nunca vou receber algo assim", disse Dino em entrevista à CNN Brasil.

Segundo o ministro, o antigo governo tentou de todas as formas praticar "atos golpistas" contra o sistema judiciário e o sistema eleitoral. "Infelizmente essas ideias de fechamento do Supremo e do Congresso, e até de impedir a liberdade do povo brasileiro de escolher os seus governantes foi posta em ameaça e todas as tentativas fracassaram, inclusive a do dia 8", ressaltou Dino.

Ainda na entrevista à CNN, Dino criticou a quantidade de dinheiro que está sendo gasta com a mobilização da segurança contra "terroristas" que deveriam se conformar com o resultado das eleições. "São milhões de reais que poderiam estar indo pra Educação, pra Saúde, pra tapar buraco mas estão sendo investido na proteção contra terroristas", disse.