Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o presidente Jair Bolsonaro respondeu a críticas de que a retomada da economia está demorando afirmando que "não dá para dar um cavalo de pau na economia. A economia é um transatlântico". Para Bolsonaro, o Brasil está reconquistando a confiança do mundo nas questões econômicas: "É raro o chefe de Estado que não queira uma reunião bilateral". "Nunca estivemos tão bem com os Estados Unidos. Os países que colaram nos Estados Unidos fizeram uma boa relação e conseguiram vencer obstáculos da economia", disse o presidente. Como sinal do reaquecimento econômico, Bolsonaro citou a diminuição de juros pela Caixa, sem sua interferência: "A Dilma interferiu em 2012 e baixou os juros na marra. Essas instituições ganharam clientes, mas perderam lucro. Não sou economista, mas acho que os lucros deles vão aumentar. Então, o quadro está aí. Não tem plano B".
Bolsonaro ainda afirmou que uma prioridade de seu governo é terminar obras, mesmo as iniciadas em governos anteriores: "No caso das obras da Ferrovia Norte-Sul, em dois anos deve ser entregue. Eu pretendo fazer isso aí. É comum no meio político perguntar: 'Qual a sua grande obra?'. Mas se eu for me preocupar com isso daí, a gente não governa".
O presidente também ressaltou o caráter técnico do governo, o que inicialmente desagradou partidos da base, mas não impediu vitórias como a aprovação da reforma da Previdência no Congresso. "Como as nossas finanças estão, não adianta o partido tal ter um ministério porque não vai ter o que fazer também. Vai ter mais dificuldade de fazer do que nós fazemos".