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Guerra da Ucrânia

“Não queremos apontar um culpado e só sanções não resolvem”, diz Carlos França

Carlos França, ministro das Relações Exteriores
Carlos França disse que posição brasileira é de imparcialidade, não indiferença (Foto: Gabriel Albuquerque/MRE)

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O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, afirmou nesta segunda-feira (28), em entrevista à GloboNews, que a posição brasileira é de “equilíbrio” na guerra entre Rússia e Ucrânia. Ele disse que, quando o presidente Jair Bolsonaro falou, neste domingo (27), de “neutralidade”, quis dizer “imparcialidade”.

“Nossa posição é de equilíbrio, e não neutralidade. Quando o presidente usou ‘neutralidade’, é no sentido de imparcialidade, não é no sentido de indiferença. A posição do Brasil é balanceada”, afirmou o chanceler brasileiro.

Para ele, o papel do Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas é de “encontrar uma saída”, ser “um construtor de consensos” e “chamar as partes para à negociação”.

Questionado depois sobre a posição do Brasil na ONU em favor de rever as sanções econômicas aplicadas por Estados Unidos e Europa contra a Rússia, Carlos França disse que só elas “não resolvem”.

“Nós não queremos apontar um culpado. Nesse sentido, só as sanções nós acreditamos que não resolvem o problema. É preciso que realmente o Conselho de Segurança utilize todos os meios possíveis de negociação para chamar as partes ao diálogo”, disse.

Acrescentou depois temer que as sanções sejam seletivas, ao mencionar que o comércio de gás, petróleo e alumínio pode não ser alvo de embargos. “Para um país como o Brasil, é muito importante a questão dos fertilizantes e o comércio de grãos. Ucrânia e Rússia são hoje fornecedores importantes de trigo, por exemplo, no mundo todo”, afirmou.

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