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O senador Marcos do Val (Podemos-ES) conversou com os jornalistas, na manhã desta quinta-feira (2), e disse que ainda está "indeciso" sobre a renúncia, após anunciar o afastamento do Senado e dizer que o ex-presidente Jair Bolsonaro tentou coagi-lo a dar um golpe de Estado, em uma live nas redes sociais, durante a madrugada.
O parlamentar parece ter mudado de opinião sobre a renúncia do cargo, depois de receber o apoio de senadores e assessores do Senado, e disse que o anúncio foi um "desabafo" em sua rede social. "Tem hora que a gente fica com vontade de ir embora, porque aqui você é colocado numa posição como se quisesse tirar proveito de algo. Mas não posso largar minha equipe. Não tomei decisão sobre renúncia ao cargo", disse.
Durante a entrevista, ele confirmou que em dezembro do ano passado reuniu-se com Bolsonaro e com o então deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) e que recebeu um pedido para gravar uma conversa com Moraes. O objetivo seria criar uma situação que impedisse a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O parlamentar diz que está à disposição da Policia Federal para prestar depoimento sobre a suposta pressão de Bolsonaro por golpe. "É inevitável. Claro que vou ter que esclarecer, lógico. Não fiz isso antes por conta de não expor o ministro Alexandre", afirmou Marcos do Val, em entrevista coletiva no Senado.