Mancha de óleo atinge litoral do Nordeste| Foto: Diego Nigro/SEI/Fotos Públicas

Uma nova análise da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) indica que o recente vazamento de óleo bruto na costa do Nordeste teria sido causado por um navio fantasma - e não por um petroleiro grego, como aponta o governo brasileiro. Neste sábado 9, o óleo chegou a mais duas praias do Espírito Santo, mostrando que se espalha agora pelo Sudeste.

A embarcação teria passado pela costa brasileira com o sistema de rastreamento por satélite, o transponder, desligado para não ser detectada pelas autoridades. Os dados de navegação usados na pesquisa são provenientes da plataforma Marine Traffic, provedora mundial de trajetórias de navios.

De acordo com a universidade, a imagem de satélite mais conclusiva da presença de óleo no litoral do Nordeste foi registrada no dia 24 de julho, na altura do Rio Grande do Norte. Ela identifica uma mancha de 86 quilômetros de extensão e um quilômetro de largura, a aproximadamente 40 quilômetros do município de São Miguel do Gostoso. A mancha varia de 40 a 1.200 metros de profundidade, dependendo do trecho. A mesma imagem registra também a presença de um navio, que não seria nenhum dos cinco petroleiros gregos.

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Fragmentos de óleo foram encontrados neste sábado em mais duas praias do Espírito Santo: Urussuquara e Barra Nova. Na quinta-feira (7), o óleo já chegara em Guriri (ES). Autoridades locais fecharam a foz de riachos que deságuam no mar para evitar que a poluição chegue aos rios e comprometa o abastecimento de água.