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O senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que não tinha conhecimento sobre a minuta encontrada pela Polícia Federal na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Ele disse também que não foi consultado sobre os aspectos jurídicos do documento. O texto sugeria a Bolsonaro a possibilidade de instaurar estado de defesa na sede do TSE.
Nogueira foi ouvido na condição de testemunha de defesa de Bolsonaro em uma ação movida pelo PDT por causa da reunião com embaixadores, no Palácio da Alvorada, no ano passado, para tratar de supostas irregularidades nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral. As informações foram publicadas pelos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo. Sobre esse tema, o ex-ministro disse que não participou da organização do evento e que foi à reunião como convidado.
Na terça-feira (7), o corregedor-geral eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, decidiu manter a minuta na ação movida pelo PDT e negou o pedido feito pela defesa do ex-presidente para excluir a questão do caso. Em contrapartida, os advogados de Bolsonaro conseguiram, nesta quarta-feira (8), o adiamento da análise do plenário do TSE sobre a manutenção ou exclusão do documento do processo. A data passou desta quinta (9) para a próxima terça (14).