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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Kassio Nunes Marques negou o pedido do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot para arquivar a investigação aberta após ele ter declarado que levou uma arma à Corte em 2017 com a intenção de matar o ministro Gilmar Mendes. A defesa argumentou que com a revogação da Lei de Segurança Nacional (LSN), o ex-PGR não poderia mais ser punido.
Em 2019, Janot relatou em entrevista e em seu livro que entrou no Supremo armado com uma pistola com a intenção de matar Gilmar Mendes. "Não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele [Gilmar] e depois me suicidar", disse o ex-PGR na ocasião. A defesa de Janot questionou o longo prazo de investigação e afirmou que não houve crime.
Nunes Marques decidiu não analisar o mérito da questão. O ministro do STF considerou que o pedido dos advogados de Janot contestava a decisão do ministro Alexandre de Moraes que autorizou busca e apreensão na casa e no escritório do ex-procurador, em Brasília. Nunes Marques entendeu que a jurisprudência da Corte impede que os ministros cassem monocraticamente pareceres dos colegas.