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A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) informou a criação de um grupo para monitorar o combate à corrupção no Brasil com especialistas de três países membros. A medida inédita adotada pela entidade da qual o Brasil almeja fazer parte cita o fim "surpreendente da Lava Jato", o uso da lei contra abuso de autoridade e as dificuldades no compartilhamento de informações de órgãos financeiros para investigações. O governo brasileiro já foi notificado da decisão pela OCDE.
À BBC Brasil, Drago Kos, presidente do grupo de trabalho antissuborno da OCDE e membro do Conselho Consultivo Internacional Anticorrupção, falou sobre a missão que esteve no país para fazer alertas sobre o combate à corrupção. "A missão aconteceu em novembro de 2019 e saímos do país bastante satisfeitos, apenas para descobrir logo depois que os problemas - com raras exceções - ainda existiam e que novos problemas que ameaçavam a capacidade do Brasil de combater o suborno internacional continuam a surgir", disse.