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Contra o crime?

Organizações anti-corrupção sugerem retirada gradual de notas de R$ 100

Notas de R$ 100 estão na mira de organizações contra a corrupção (Foto: Gazeta do Povo)

Depois de o presidente Jair Bolsonaro mencionar a possibilidade de trocar as cédulas de R$ 50 e R$ 100, é a vez das entidades que atuam no combate à corrupção recomendarem a retirada de cédulas altas de circulação. Essas organizações entregaram um ofício à diretora de meio circulante do Banco Central, Carolina de Assis Barros, solicitando a retirada gradativa de circulação das notas de R$ 100. O argumento é de que essa ação auxiliaria o combate à corrupção, lavagem de dinheiro e sonegação. Assinam esse ofício o movimento Transparência Partidária, o Instituto Não Aceito Corrupção, o Instituto Ethos, o Transparência Brasil, entre outras organizações.

O presidente do Instituto Não Aceito Corrupção, roberto Livianu, argumenta que “o crime prefere notas de R$ 100” e retirá-las de circulação implicaria em, no mínimo, dificultar o transporte e armazenamento de dinheiro oriundo do crime. De acordo com Marcelo Issa, diretor-executivo do Transparência Partidária, a resposta do BC foi “extremamente evasiva”. Dados do BC mostram que o Brasil possui 6.089.524.337 cédulas em circulação. Dessas, 1.113.036.015 são de R$ 100, o que equivale a 18,2% de todas as notas disponíveis. A Gazeta do Povo já mostrou que uma eventual troca das cédulas de R$ 50 e R$ 100, por exemplo, custaria, no mínimo, R$ 700 milhões aos cofres públicos.

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