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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta segunda-feira (11) que o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ambos pré-candidatos ao Planalto, devem promover a paz no país. Pacheco foi questionado nesta tarde sobre o assassinato do guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, na madrugada deste domingo (10).
O petista foi baleado durante a festa de aniversário em Foz do Iguaçu (PR) pelo policial Penal Federal Jorge da Rocha Guaranho. Já ferido, Arruda reagiu e atirou contra Guaranho. Segundo o Boletim de Ocorrências, Guaranho chegou no local da festa gritando "Aqui é Bolsonaro!". O senador disse que as cenas divulgadas do crime são "repugnantes, chocantes e a expressão pura, infelizmente, do momento político de muito ódio e intolerância".
Pacheco ressaltou a responsabilidade dos líderes políticos neste momento.“Isso nos faz ter uma reflexão muito importante da responsabilidade de todos nós, da responsabilidade dos líderes políticos, principalmente daqueles que disputam a eleição, e que tem debaixo de si uma grande militância política, uma aceitação e adeptos no Brasil todo e me refiro ao presidente Bolsonaro e ao presidente Lula, a responsabilidade desses líderes políticos de provocar um pouco de paz no país”, afirmou.
O presidente do Senado também reforçou a necessidade da confiança no trabalho das forças de segurança e a atuação dessas autoridades em “não menosprezar” intimidações, constrangimentos e ameaças. Pacheco afirmou que o acirramento político está levando o Brasil para um "campo de intolerância e violência em eleições”.
“O que nós estamos vendo aqui são cenas recorrentes de ataque a juiz que julgou de uma forma, de ataque a um tribunal que cuida da Justiça Eleitoral, de ataque às urnas eletrônicas, de ataque a uma militância que pensa diferente de si. Essa é uma responsabilidade de todos nós e invoco essa responsabilidade dos grandes líderes políticos da nação para que tenhamos mais ambiente de paz, porque é na paz que nós vamos encontrar o caminho das eleições saudáveis e cujo resultado será legítimo”, disse Pacheco.