Mais conhecida como bancada da bala, a Frente Parlamentar da Segurança Pública não conseguiu reunir partidos suficientes para levar à votação um requerimento pedindo urgência ao pacote anticrime de Sergio Moro, ministro da Justiça e Segurança Pública, . Sem a urgência, o texto não pode ser analisado direto pelo plenário da Câmara e precisa passar por comissões, o que inviabiliza a votação das medidas este ano.
Na terça-feira (26), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sinalizou a líderes que não aceitaria mais nenhum pedido de regime de urgência até limpar a pauta de votações. Na conversa, Maia não falou sobre a votação do pacote anticrime, que prometeu a Moro votar até o final do ano. "São necessários partidos que somem 257 deputados. Vergonhoso. Não será votado esse ano ao que tudo indica", afirmou Capitão Augusto (PL-SP), coordenador da bancada da bala e relator da proposta do grupo de trabalho que analisa as medidas. Sem o apoio de lideranças partidárias, o deputado anunciou que ia recolher individualmente as assinaturas.
Pelo regimento da Câmara, o pedido deve ser apresentado um requerimento assinado pela maioria absoluta de deputados ou líderes que representem esse número (257). O requerimento precisa ser aprovado pela maioria absoluta dos votos. Se aprovada, a proposição é incluída na Ordem do Dia da mesma sessão. Apenas cinco partidos - PSL, Novo, Podemos, Cidadania e Avante - sinalizaram que assinariam o pedido de urgência. Somados, eles têm apenas 170 votos, insuficientes para levar o requerimento à votação.