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O governo brasileiro está empenhado em conduzir o ex-presidente do Banco Central e hoje diretor de Hemisfério Ocidental no FMI (Fundo Monetário Internacional), Ilan Goldfajn, na presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O nome de Goldfajn foi apresentado na sexta-feira (14) à secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, pelo ministro Paulo Guedes, que está em Washington para participar dos encontros anuais do FMI e do Banco Mundial. Guedes também teria se encontrado com os ministros das finanças do Chile, da Argentina e da Colômbia em busca de apoio para Goldfajn.
"Eu conversei com Argentina, conversei com Chile — que vai lançar candidato —, e estou tentando fazer uma aliança com a Colômbia, foi uma boa reunião. Com a Yellen [secretária do Tesouro dos EUA], eu puxei para um canto, conversei, adiantei um nome para ela, ela aparentemente gostou, mas não há compromisso, disse que seria favorável se fosse consultada", disse Guedes a jornalistas na sexta.
De acordo com o ministro, a ideia é que o novo presidente do BID seja alguém com sólida experiência no setor público e privado, e menos alinhado a políticos. Goldfajn foi presidente do Banco Central entre 2016 e 2019, indicado no governo Michel Temer (MDB), e economista-chefe e sócio do Itaú. Em 2021, foi nomeado diretor do Departamento de Hemisfério Ocidental do FMI.
A presidência do BID está vaga desde setembro, quando o então presidente da instituição foi afastado do cargo. Caso as articulações brasileiras tenham resultado, Goldfajn será o primeiro brasileiro no comando do BID, a instituição, que financia projetos na América Latina.