O Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.| Foto: Isac Nóbrega/PR
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O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, enviou um apelo ao ministro da Economia, Paulo Guedes, para que o governo federal pague ao menos parte da dívida de US$ 46,5 milhões, cerca de R$ 250 milhões, que acumula com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo o Estadão, que teve acesso ao documento, Pazuello quer evitar que o Brasil perca o direito ao voto na organização.

“Tal desfecho não é aceitável num contexto de pandemia global e deverá impactar negativamente a resposta brasileira à covid-19, já que a OMS é o principal aliado do governo brasileiro no combate à pandemia”, disse Pazuello no documento, endereçado à Guedes na quinta-feira (11).

Segundo o ministro, o Brasil tem pendências com a organização desde 2019 e se o pagamento não for feito até maio deste ano, o país pode perder o direito a voto. A OMS coordena o consórcio Covax Facility, que tem o Brasil como participante. A expectativa é de que o país receba vacinas para 10% da população pelo consórcio. O Ministério da Economia aguarda a aprovação do Orçamento de 2021 pelo Congresso para reduzir a dívida com a OMS.

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O orçamento prevê R$ 8,88 milhões para este pagamento, sendo que 88% deste valor (R$ 7,88 milhões) é vinculado à aprovação de crédito extra. No entanto, a parcela de contribuição do Brasil à OMS em 2021 é de cerca de R$ 75,3 milhões.