O ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, enviou à Procuradoria Geral da República (PGR) manifestação sobre a negociação para compra da vacina indiana Covaxin. Pazuello deu a mesma versão apresentada pelo Palácio do Planalto e afirmou que não houve irregularidades nas negociações. A informação foi divulgada pelo blog de Fausto Macedo, no Estadão. O documento foi enviado ao procurador-geral da República, Augusto Aras.
O ex-ministro se manifestou antes de a PGR apresentar parecer sobre a notícia-crime protocolada por senadores contra o presidente Jair Bolsonaro. O general afirmou que após as suspeitas levantadas pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) foi realizada “averiguação prévia sobre os alegados indícios de irregularidades e ilicitudes” pelo então Secretário-Executivo Élcio Franco. Pazuello também negou que tenha ocorrido crime de improbidade.
“Não há que se cogitar minimamente qualquer ocorrência de crime ou ato de improbidade, considerando que houve a escorreita e tempestiva adoção de providências, seja por parte do Exmo. Senhor Presidente da República seja por parte deste subscritor”, diz trecho do documento. O ex-ministro pediu à PGR que investigue senadores, entre eles o relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), por suposto crime de abuso de autoridade na condução dos trabalhos da comissão.