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A Polícia Federal iniciou a investigação que apura as declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL) que durante uma live no dia 22 de outubro de 2021 citou estudos que associavam a vacina contra a Covid ao aumento dos casos de Aids. Na ocasião, o presidente citou ainda um suposto estudo que apontava que a maioria das vítimas da gripe espanhola teria morrido por pneumonia bacteriana causada pelo uso de máscaras. Posteriormente o vídeo foi excluído pelas redes sociais. A apuração foi instaurada no dia 23 de fevereiro. O inquérito foi aberto no dia 3 de dezembro após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a partir do requerimento da CPI da Covid. Em sua defesa, Bolsonaro afirmou que apenas divulgou a matéria de uma revista durante a transmissão.
A portaria da Polícia Federal descreve que o chefe do Executivo Federal teria divulgado textos inverídicos, os quais fariam parte de um contexto mais amplo de sucessivas e reiteradas manifestações criminosas, e estariam “espalhando notórias fake news, e criando grandes obstáculos ao enfrentamento da pandemia”. A PF apura o cometimento de crimes de epidemia, de infração de medida sanitária preventiva e de incitação ao crime.
Na investigação, a delegada Lorena Lima Nascimento pede que seja transcrito o inteiro teor da transmissão ao vivo, realizada pelo presidente da República em suas redes sociais, na data de 21/10/2021; que sejam identificados os sites que serviram de base para as informações replicadas pelo presidente da República na transmissão e que sejam realizadas pesquisas sobre a confiabilidade dos sites que serviram de base para as informações replicadas pelo presidente Jair Bolsonaro, ou ainda, se existem relatos em outras fontes de informação sobre os referidos sites serem conhecidos por transmitirem informações verdadeiras ou fake news.
A delegada determina também que sejam tomadas providências para a realização de consultas junto ao Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido, com o objetivo de responder se o referido país teria divulgado em seus sites oficiais a informação de que “os totalmente vacinados [...] estão desenvolvendo a síndrome de imonudeficiência adquirida muito mais rápido do que o previsto”.
Ela pede ainda “a realização de gestões junto ao Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas - NIAID, dos Estados Unidos, para saber se existe alguma publicação de profissionais que compõem o instituto, em especial do médico imunologista Anthony Fauci do Niaid, concluindo que a maioria das mortes da gripe espanhola tenham acontecido devido a uma pneumonia bacteriana secundária, e que a proliferação essa bactéria esteja associada ao uso de máscaras.”