De acordo com a Depen, as lideranças envolvidas na ação ingressaram no sistema penitenciário nacional em fevereiro de 2019.
De acordo com a Depen, as lideranças envolvidas na ação ingressaram no sistema penitenciário nacional em fevereiro de 2019.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal realizou uma ação na manhã desta quarta-feira (10) para desarticular um grupo que elaborava o plano de resgate dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) presos nas penitenciárias federais de Brasília (DF) e Porto Velho (RO). Cerca de 80 policiais cumpriram 11 mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo. A ação contou com o apoio do Departamento Penitenciário Nacional. As investigações descobriram ainda que, além do provável resgate dos presos, a quadrilha pretendia sequestrar autoridades do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) para conseguir a libertação de criminosos.

Segundo informações da Polícia Federal, o plano contava com uma rede de comunicação estabelecida entre os advogados dos líderes detidos, que extrapolavam as suas atividades legais, ao transmitir tanto as cobranças dos custodiados quanto os retornos das mensagens dos criminosos envolvidos no resgate. “Para organizar as atividades ilícitas, os investigados se valiam dos atendimentos e das visitas em parlatório, usando como códigos para a comunicação situações jurídicas que, comprovadamente, não existiam de fato”, diz a PF.

De acordo com a Depen, as lideranças envolvidas na ação ingressaram no sistema penitenciário nacional em fevereiro de 2019, justamente em decorrência da descoberta, pelas autoridades do estado de São Paulo, de outro plano de fuga que, na época, já estava em articulação pelos criminosos, então custodiados na Penitenciária Estadual de Presidente Venceslau II. “Ações de inteligência do Departamento Penitenciário Nacional detectaram que as tratativas persistiram mesmo após o ingresso no SPF. O Depen passou a compartilhar informações com a Polícia Federal”, diz o órgão em nota.