A Polícia Federal realiza na manhã desta sexta-feira (12/5), no Rio de Janeiro, uma operação de busca e apreensão na casa do militar Marcelo da Silva Vieira, ex-chefe do Gabinete de Documentação Histórica da Presidência da República durante o governo Jair Bolsonaro. A ação se refere ao caso das joias recebidas pelo ex-presidente do governo da Arábia Saudita em visita oficial ao país durante seu mandato.
As buscas da PF foram autorizadas pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), após a justiça de Guarulhos ter negado o pedido. A intenção é apreender o celular de Vieira, que deveria ter sido entregue à corporação, no mês passado, depois que ele prestou depoimento.
De acordo com o Portal Metrópoles, o advogado de defesa do militar não compreendeu a operação da PF, tendo em vista que o investigado prestou depoimento de mais de seis horas, onde respondeu todas as perguntas e disponibilizou todos os dados de seu celular solicitados. A Polícia Federal ainda não deu detalhes sobre a operação.
O caso das joias teve início, após uma reportagem do "Estado de S. Paulo" no dia 4 de março. Segundo o jornal, o governo Bolsonaro tentou trazer ao Brasil, sem o pagar impostos, um conjunto formado por colar, anel, relógio, um par de brincos e um relógio de diamante da marca suíça Chopard. Este primeiro estojo de joias valeria cerca de R$ 16,5 milhões. No entanto, os itens foram apreendido por auditores da receita federal, quando a comitiva presidencial desembarcou.
O ex-presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento à PF sobre o caso das joias, e a defesa garantiu que todos os estojos já foram devolvidos.