Operações da Polícia Federal miram a extração e o comércio ilegal de ouro em Roraima, com desdobramento em Pernambuco.| Foto: Polícia Federal/divulgação
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A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta (10), duas operações que miram a extração e o comércio ilegal de ouro nos estados de Roraima e Pernambuco.

A primeira delas, chamada de Operação Libertação, é realizada na área das terras demarcadas para os povos Yanomamis, com a destruição dos equipamentos utilizados para a extração do metal precioso e fazer a retirada dos garimpeiros.

“O foco das ações é na logística do crime e no registro da materialidade delitiva, não nas pessoas envolvidas, de modo a evitar que haja dificuldades na saída dos não índios da Terra Yanomami”, diz Humberto Freire, chefe da diretoria de meio ambiente e Amazônia da PF.

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A ação faz parte do trabalho que vem sendo desenvolvido desde o começo do mês para inviabilizar os garimpos abertos nas áreas demarcadas para os povos indígenas, em conjunto com o Ibama, Funai, Força Nacional e Ministério da Defesa.

Já a segunda operação cumpre oito mandados de busca e apreensão e bloqueio de bens em Roraima e Pernambuco, na investigação de uma organização criminosa suspeita de coordenar um esquema de lavagem de dinheiro do comércio ilícito de ouro.

As investigações apontam que o grupo teria movimentado R$ 64 milhões em pouco mais de dois anos com o uso de empresas de fachada. “Suspeitos receberiam valores de diversos financiadores pelo Brasil e sacariam ou transfeririam os valores para pessoas e empresas no estado de Roraima, as quais seriam responsáveis pela compra de ouro ilegal”, diz a PF em nota.