Durante o ataque, os hackers deletaram arquivos, dados e instâncias do Ministério da Saúde, levando ao comprometimento do site conectesus.saude.gov.br, responsável pelo Certificado Nacional de Vacinação.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira (19), em Feira de Santana, na Bahia, um brasileiro suspeito de integrar o grupo hacker denominado Lapsus$ Group, que em dezembro de 2021 atacou os sistemas do Ministério da Saúde e dezenas de outros órgãos do governo federal, como o Ministério da Economia, Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Segundo a PF, a ação faz parte de uma operação iniciada em agosto deste ano, que teve como objetivo coletar elementos informativos em inquérito policial que apura atividade de possível organização criminosa, formada com o objetivo de promover ataques cibernéticos diversos.

As investigações começaram ainda em dezembro do ano passado, quando os hackers atacaram o ambiente em nuvem do Ministério da Saúde e tiraram do ar diversos serviços da pasta. Na ocasião, os invasores deletaram arquivos, dados e instâncias do ministério, levando inclusive ao comprometimento do site conectesus.saude.gov.br, responsável pelo Certificado Nacional de Vacinação.

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Após o ataque, ao tentar acessar o site do Ministério da Saúde, os usuários encontraram um recado afirmando que os dados do sistema haviam sido copiados e excluídos e estavam nas mãos do grupo invasor.

De acordo com a Polícia Federal, o Lapsus Group é também responsável por invadir sistemas da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, da Localiza Rent a Car, além de diversos outros na América do Sul, Estados Unidos e Europa, abrangendo a Sociedade Independente de comunicação, canal televisivo privado em Portugal, o grupo Impresa, Electronic Art, Globant, Microsoft Azure, Nvidia, dentre outras.

“Os crimes apurados no inquérito policial são os de organização criminosa, invasão de dispositivo informático, interrupção ou perturbação de serviço telegráfico, radiotelegráfico ou telefônico, impedir ou dificultar-lhe o restabelecimento. Foi constatada ainda a prática de corrupção de menores, crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, e de lavagem de capitais, conforme a Lei nº 9.613/1998”, diz a PF em nota.