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A Polícia Federal prendeu nesta terça (30) o juiz Leonardo Safi de Melo, da 21ª Vara Cível Federal, sob acusação de participar de esquema de venda de sentenças em São Paulo. A investigação foi autorizada pelo Tribunal Regional da 3ª Região e mirou recebimento de propinas pelo magistrado e servidores públicos em troca de decisões favoráveis em casos de requisições de pagamento (precatórios). Uma das ações judiciais investigadas tratava de processo de desapropriação de imóveis rurais. A organização criminosa teria solicitado vantagens indevidas para expedir um precatório no valor de R$ 700 milhões. O grupo criminoso cobraria então 1% do valor. Além do juiz federal, a PF cumpriu 20 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Mairiporã (SP) e Brasília. Outras cinco pessoas foram alvo de prisão temporária, autorizadas pelo TRF3, que determinou o sequestro de bens dos investigados. O grupo é investigado por organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e ativa, concussão e peculato.