O laboratório americano Pfizer afirmou que não irá submeter sua vacina contra a Covid-19 para uso emergencial no Brasil em razão das regras da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Em comunicado, a empresa afirmou que se reuniu com representantes do órgão no dia 14 de dezembro para esclarecer dúvidas sobre o processo para entrar com o pedido, mas que acabou encontrando entraves no Guia de Submissão para Uso Emergencial, elaborado pela Anvisa.
“As condições estabelecidas pela agência requerem análises específicas para o Brasil, o que leva mais tempo de preparação”, afirmou a companhia americana. Entre os obstáculos citados pela Pfizer está a exigência de uma análise de dados realizados exclusivamente com a população brasileira, regra que atrasaria o processo. A empresa ainda cita os entraves burocráticos listados pela Anvisa, afirmando que outras agências regulatórias do mundo analisam os dados em sua totalidade, sem pedir um recorte específico.
Outro ponto que travou o pedido foi a exigência, por parte da Anvisa, de dados quantitativos de doses e cronograma de vacinação que será aplicado no Brasil, questões que só poderão ser definidas com a celebração de um contrato definitivo. Como alternativa, a Pfizer afirma que o processo de submissão contínua é o mais célere neste momento.
Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que são os laboratórios que precisam correr atrás do Brasil para vender a vacina e não é o governo que precisa buscar essas empresas.