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A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu nesta segunda-feira (29) que o Supremo Tribunal Federal (STF) prorrogue por mais 60 dias as investigações contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) por associar a vacina contra a Covid-19 ao risco de desenvolver Aids. A PGR se manifestou após o pedido de prorrogação apresentado pela Polícia Federal.
No último dia 17, a PF pediu autorização ao ministro do Supremo Alexandre de Moraes para indiciar e tomar o depoimento de Bolsonaro sobre o caso. No pedido, a PF disse que há indícios de crime por parte do mandatário pela disseminação de notícias falsas sobre a Covid e por desestimular o uso de máscaras de proteção.
A manifestação da PGR foi assinada pela vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo, informou o jornal O Globo. "Ante o exposto, o Ministério Público Federal manifesta-se favoravelmente à nova prorrogação do prazo por 60 (sessenta) dias, para o cumprimento das referidas diligências", diz o parecer.
Segundo a vice-procuradora-geral, a tomada de depoimento do mandatário seria relevante para fundamentar a análise da eventual prática de crime "visto que proporcionarão melhor detalhamento sobre o cenário fático e suas circunstâncias, notadamente com as razões e eventuais novos elementos de prova a serem apresentados pelo Presidente da República a respeito dos fatos investigados".