O procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu nesta terça-feira (30) que não houve irregularidade no depoimento do presidente Jair Bolsonaro tomado no inquérito sobre sua suposta interferência na Polícia Federal. A manifestação da PGR foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF). O chefe do Executivo foi acusado pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro de interferir politicamente na corporação. No dia 3 de novembro, Bolsonaro foi ouvido no Palácio do Planalto pela PF. A defesa de Moro questionou na Corte o fato de não ter sido notificada para participar da oitiva. A informação foi divulgada pelo portal G1.
O ministro Alexandre de Moraes é o relator do caso e irá analisar o tema. Aras afirmou no parecer que "não se verifica qualquer irregularidade no procedimento adotado" pela PF na condução da oitiva. A Procuradoria argumentou também que o inquérito policial, por ser procedimento administrativo de natureza inquisitorial, permite a mitigação do contraditório. No dia 11 deste mês, a Advocacia-Geral da União (AGU) também se manifestou pela regularidade do depoimento do presidente.