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A subprocuradora-geral da República Lindôra de Araújo informou ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, que vai se reunir com os advogados dos executivos da J&F Joesley e Wesley Batista com o objetivo de analisar a possibilidade de repactuar os acordos de colaboração premiada dos irmãos. Ela também pediu que a ação de rescisão dos acordos seja suspensa por 60 dias. Em dezembro de 2019, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, marcou para 17 de junho de 2020 o julgamento em que o plenário da Corte vai analisar a extinção das delações dos Batista. Em novembro, o procurador-geral da República, Augusto Aras, chegou a enviar ao Supremo parecer em que pediu ao tribunal a extinção dos acordos dos irmãos, além dos executivos Ricardo Saud e Francisco de Assis. Na avaliação de Aras à época, os quatro delatores foram "desleais" e agiram com má-fé ao omitirem fatos ao Ministério Público Federal e contarem com a ajuda nos bastidores do ex-procurador Marcelo Miller, acusado de fazer "jogo duplo", ao auxiliar o grupo J&F enquanto ainda mantinha vínculos com a Procuradoria.