O Partido Liberal (PL) barrou a possibilidade de uma candidatura avulsa à presidência da Câmara. A promessa é de manter o acordo e apoiar a reeleição do atual presidente, Arthur Lira (PP-AL), mas alguns deputados da legenda apoiavam a ideia de lançar o deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) à disputa.
Contudo, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, vetou. O mandatário da sigla tem tido uma posição de respeito aos diferentes posicionamentos políticos de sua bancada na Câmara, mas desautorizou a ideia de uma candidatura avulsa. O objetivo é manter o partido coeso, assegurar o acordo firmado com Lira e evitar possíveis represálias do presidente da Câmara em uma reeleição.
Uma candidatura de Orleans e Bragança tinha o apoio de deputados que queriam marcar posição e manifestar sua contrariedade às articulações políticas construídas por Lira, inclusive com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A provável recondução ao comando da Câmara conta com o apoio de petistas e de outros partidos da esquerda.
A informa interna no PL é de que uma candidatura avulsa poderia gerar até represálias como expulsão da legenda. O deputado federal Bibo Nunes (PL-RS) confirma à Gazeta do Povo o veto à candidatura de Orleans e Bragança. "É uma decisão do presidente [Valdemar], deixo para ele, que fechou com o Lira", afirma.