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O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, entregou 29 dos 99 votos da bancada pela aprovação do requerimento de urgência do novo marco fiscal na Câmara dos Deputados. Essa ala votou na contramão da liderança da legenda, que tinha orientado contra a aprovação do pedido.
O requerimento de urgência permitiu que a proposição tenha tramitação acelerada e com isso não precise passar por análise nas comissões temáticas e seja submetida a deliberação direto no plenário da Câmara já na semana que vem. A votação serviu para o Palácio do Planalto mensurar o apoio da sua base aliada entre os deputados depois da liberação recorde de emendas parlamentares.
O número de adesão ao governo surpreendeu, inclusive, as lideranças do Palácio do Planalto, que calculavam atrair menos da metade desses votos do PL. Como a Gazeta do Povo mostrou, articuladores de Lula fazem uma ofensiva no intuito de ampliar o apoio dentro dos partidos de oposição, como o PL, o PP e o Republicanos.
Dos 29 deputados do PL que votaram pela aprovação do requerimento de urgência do marco fiscal, apenas nove foram beneficiados pelas liberações de emendas feitas pelo governo Lula até está quinta-feira (18), segundo dados da plataforma Siga Brasil, do Congresso Nacional. Juntos, os contemplados receberam aproximadamente R$ 24 milhões em emendas.
A ofensiva do governo por apoio junto ao PL ocorre, principalmente, entre os parlamentares do Nordeste, reduto eleitoral de Lula. De acordo com os dados do Siga Brasil, o principal beneficiado dentro do PL foi o deputado João Bacelar (BA), com R$ 8 milhões, seguido por Júnio Lourenço (MA), com pouco mais de R$ 5,7 milhões em emendas liberadas.