O Palácio do Planalto viu no sequestro do ônibus na ponte Rio-Niterói uma brecha para que a Câmara dos Deputados aprove o "excludente de ilicitude", quando livra de punição o agente que mata alguém em conflito armado ou risco iminente. A proposta é defendida pelo presidente Jair Bolsonaro desde a campanha eleitoral e incluída na proposta do pacote anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro. Em entrevista nesta terça-feira (20), Bolsonaro defendeu o uso de snipers - chamados atiradores de elite. Ele citou o sequestro do ônibus 174 no Rio de Janeiro, em 2000, para falar sobre a morte de um inocente porque não foi usado o sniper. Depois, justificou que policiais quase foram condenados pela morte do sequestrador no camburão. De acordo com o blog de Andreia Sadi, a Câmara suspendeu a votação do excludente de ilicitude temendo nova derrota. Agora os parlamentares trabalham em um novo texto que segue a mesma linha, porém sem "aval" para o policial matar.
Projeto na Câmara