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A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) desativou neste sábado (24) um artefato explosivo encontrado em um caminhão-tanque próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília. O material apreendido foi entregue à Polícia Civil para perícia.
Em nota, a PM informou que foi acionada por volta das 8h e, assim que confirmada a suspeita, uma equipe do esquadrão de bombas do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PMDF foi ao local para desativar o artefato.
Um indivíduo foi preso em flagrante pela Polícia Civil ainda na tarde de sábado. Outros explosivos, armas e munições foram encontrados no veículo do suspeito, segundo a Polícia Civil. "Os autores responderão por posse e porte de arma de fogo e explosivos. Também responderão pelo crime contra o Estado Democrático de Direito”, informou o delegado-geral da PCDF, Robson Cândido, ao site de notícias Metrópoles.
De acordo com o Metrópoles e o Correio Braziliense, o delegado disse que o suspeito, que é do Pará, tinha como objetivo "chamar atenção para o movimento a favor do atual presidente Jair Bolsonaro". "Ele não afirmou se tinha objetivo de fazer algo durante a posse presidencial na próxima semana, mas confirmou que a intenção era causar um tumulto aqui em Brasília", disse Cândido.
O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), citou o caso para vincular os protestos contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a "incubadoras de terroristas". "Medidas estão sendo tomadas e serão ampliadas, com a velocidade possível", disse ele, acrescentando que "o armamentismo gera outras degenerações" e que "superá-lo é uma prioridade". Dino também afirmou que o futuro chefe da Polícia Federal e responsável pela equipe de segurança de Lula até a posse, delegado Andrei Rodrigues, está acompanhando o caso "em nome da equipe de transição". "Não há pacto político possível e nem haverá anistia para terroristas, seus apoiadores e financiadores", concluiu.