A Polícia Civil de São Paulo pediu à Justiça acesso aos dados cadastrais de 13 linhas telefônicas de celulares de médicos que fazem parte da cúpula da Prevent Senior. A empresa é alvo da CPI da Covid, que recebeu um dossiê com as supostas irregularidades e manipulação na realização de um estudo sobre a eficácia do chamado "Kit Covid". A informação foi divulgada pelo Estadão.
Uma testemunha ouvida pela polícia sob a condição de anonimato no mês passado indicou quais linhas poderiam ser necessárias para a investigação. Segundo essa testemunha, os médicos funcionários da empresa eram obrigados a receitar o "Kit Covid".
A polícia teve acesso aos grupos de WhatsApp em que foram enviadas mensagens com orientações para a prescrição de medicamentos, como a cloroquina e determinações para que os pacientes não fossem notificados sobre o uso da substância. Com os dados cadastrais das linhas, a investigação poderá definir quem foram os autores dessas ordens.
A investigação foi aberta a pedido do Ministério Público Estadual. Na última semana, uma reportagem da GloboNews apontou que a Prevent Senior ocultou mortes em um estudo sobre a eficácia do tratamento com cloroquina e azitromicina contra a Covid-19. A Prevent Senior afirmou que "nega e repudia denúncias sistemáticas, mentirosas levadas anonimamente à CPI da Covid e à imprensa".