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Relatório do antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) – que apontou movimentações atípicas na conta do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz – já estava em posse da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) quando foi deflagrada a operação Furna da Onça, em novembro de 2018. Conforme reportagem do jornal O Globo, porém, o nome de Queiroz não apareceu nos primeiros despachos do processo. A Furna da Onça, que investigou a participação de deputados estaduais do Rio de Janeiro em esquemas de corrupção, é um desdobramento da operação Cadeia Velha, de 2017. Essa primeira investigação, por sua vez, foi chefiada pelo delegado Alexandre Ramagem, que depois seria chefe da segurança de Bolsonaro durante a campanha eleitoral. Hoje diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Ramagem chegou a ser nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro como diretor-geral da Polícia Federal (PF), mas a indicação foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF).