Uma única idosa aliciada pelo grupo fez o uso de dezenas de documentos de identidade falsos para receber 31 benefícios diferentes.| Foto: André Rodrigues/Arquivo/Gazeta do Povo
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A Polícia Federal realizou nesta quarta-feira (16) uma operação para desarticular uma quadrilha especializada em realizar fraudes na Previdência Social. Mais de 150 policiais federais, com o apoio do Núcleo de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (NUINT), cumpriram 24 mandados de prisão preventiva e 32 mandados de busca e apreensão nas cidades de Petrolina (PE), Tabira (PE) e Filadélfia (BA).

Segundo as investigações, a quadrilha criava documentos falsos para recebimento indevido do Benefício de Prestação Continuada (BPC), valor de um salário mínimo pago pelo INSS a pessoas com mais de 65 anos ou portadoras de deficiência. A organização atraia idosos que poderiam ter direito ao benefício, fornecia documentos de identidades falsificados para esses laranjas e instruía os processos administrativos de concessão de benefícios com os documentos falsificados, orientando os idosos a irem aos bancos para efetuarem os saques. Durante as apurações, foi verificado que uma única idosa aliciada pelo grupo fez o uso dezenas de documentos de identidade falsos para receber 31 benefícios diferentes.

De acordo com a polícia, o grupo criminoso gerou um prejuízo de aproximadamente R$ 60 milhões ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) com a obtenção de 420 benefícios fraudulentos apurados pela Polícia Federal. A estimativa é de que o prejuízo evitado, levando-se em conta os valores que continuariam sendo pagos aos beneficiários, seja de aproximadamente R$ 100 milhões, segundo a PF.

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