O presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (Fenaprf), Dovercino Neto, afirmou que a categoria pode se sentir traída caso o governo não conceda o reajuste salarial prometido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Na sexta-feira (7), o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou que o presidente não deve aumentar o salário de nenhum setor do funcionalismo público para conter greves.
"Pode ser que não tenha reajuste para ninguém", disse Bolsonaro um dia depois da declaração de Barros. Servidores estão se mobilizando, após o Orçamento de 2022 reservar R$ 1,7 bilhão para reajuste. Apesar de não ter especificado qual categoria deve receber o valor, o reajuste aos policiais é uma demanda do presidente.
"Caso o governo volte atrás e desista dessa reestruturação, a categoria poderá sentir isso como uma traição por parte do governo… Contudo, o momento é de crer que o governo Bolsonaro vai honrar com seu compromisso com o fortalecimento e a valorização da segurança pública", disse Neto.
Ele afirmou que o governo fortaleceu vários outros órgãos e carreiras públicas há mais de uma década e deixou as forças de segurança federais "para um segundo momento, como se o tema da segurança pública não fosse igualmente essencial ao desenvolvimento de uma nação". A União avalia a que cada aumento de 1% linear a todos os servidores gera impacto de R$ 3 bilhões. As informações foram divulgadas pela Folha de S. Paulo.