Precisa Medicamentos estimava faturar R$ 800 milhões com a venda da vacina Covaxin para clínicas particulares no Brasil.| Foto: Jagadeesh NV/EFE
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A Precisa Medicamentos esperava receber pelo menos R$ 800 milhões com a venda da vacina Covaxin a clínicas privadas. A empresa estimava cobrar da rede privada até US$ 40 por cada dose do imunizante. Este valor é o dobro do preço máximo estipulado pelo laboratório indiano Bharat Biotech, fabricante da vacina, para exportação. Esta informação foi obtida pelo jornal Estadão, que teve acesso ao contrato firmado entre a Precisa e a Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC), em janeiro deste ano.

Frederico Maximiano, sócio da Precisa que assinou o contrato pretendia fornecer 20 milhões de doses para o Ministério da Saúde, e outras 5 milhões para as clínicas privadas. A CPI da Covid e o o Ministério Público Federal (MPF) investigam supostas irregularidades no contrato de R$ 1,61 bilhão firmado entre a Precisa e o ministério. Maximiano deve prestar depoimento à comissão na quinta-feira (1.º).

Segundo apuração do Estadão, o contrato entre a Precisa e a ABCVAC previa cinco faixas de preços, baseados na quantidade adquirida, mas não definia o valor pelo qual as clínicas poderiam vender cada dose aos cliente. Se tivesse vendido todas as doses ao preço mínimo, a Precisa receberia US$ 163,55 milhões (ou R$ 804,666 milhões na cotação atual do dólar, de R$ 4,92).

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