"A Lava Jato não vai parar. Não vai parar porque o crime de corrupção não deve mais compensar. O trabalho continua em pleno vigor", disse Deltan Dallagnol, em coletiva de imprensa na tarde desta quinta (25), em Curitiba para celebrar a devolução à Petrobras de mais de R$ 420 milhões recuperados pela força-tarefa da Lava Jato. O procurador afirmou também que "não basta estancar a roubalheira, é preciso agir para evitar que a roubalheira volte a acontecer. Precisamos mudar as regras do Brasil que favorecem a corrupção e a impunidade".
Dallagnol lembrou que antes da Lava Jato eram raros os casos em que se recuperava dinheiro fruto da corrupção: "Nós esquecemos que nosso parâmetro e régua histórica pré-Lava Jato é representado por casos raros em que se recuperavam R$ 10 milhões". O Advogado Geral da União substituto, Renato de Lima França, presente na cerimônia, defendeu instrumentos mais rigorosos no combate à corrupção: "O crime é organizado. As instituições também precisam se organizar, precisam dialogar e compreender suas limitações", afirmou.