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Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, declarou que "o Brasil não aguenta três impeachments" e que um processo como esse, em um momento em que o Brasil precisa se reerguer economicamente, seria "um desastre para o país".
Perguntado se é favorável ou não ao impedimento de Bolsonaro, Fux afirmou que o impeachment é um processo político "que o Supremo não pode nem se intrometer no mérito". Ele ressaltou ainda que um processo como esse é uma situação política "que também depende muito da mobilização social".
Na mesma entrevista, o presidente do STF comentou a eleição do novo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Luiz Fux afirmou que "não é o melhor quadro para o Brasil" ter um réu na linha sucessória do país.
Lira é alvo de inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes como pertencimento em associação criminosa e corrupção passiva. Os dois inquéritos ainda aguardam o julgamento de recursos.
Um precedente do Supremo Tribunal Federal (STF), no caso envolvendo o senador Renan Calheiros (MDB-AL), admite que um réu em ações penais até pode comandar uma das casas do Congresso, mas não substituir o presidente e o vice, caso os dois realizem viagens internacionais.