O novo diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Antônio Fernando Oliveira, afirmou que a corporação “não tem partido” e não vai "compactuar" com investidas contra a democracia. O discurso foi feito nesta quarta-feira (8) durante cerimônia de posse de Oliveira.
"A PRF, como órgão de Estado, não tem partido e não irá compactuar com qualquer investida contra a democracia", disse. A atuação da PRF foi questionada após a corporação realizar operações nas estradas no dia do segundo turno das eleições de 2022, sob o comando de Silvinei Vasques.
“Mas, nos últimos anos, atos isolados, alguns abomináveis, lançaram sobre a PRF o véu da desconfiança. A reputação lapidada ao longo de décadas, de repente, se viu atingida e maculada. Por isso, relembrando [Martin] Luther King, a Polícia Rodoviária Federal se defronta ‘com a feroz urgência do agora’. Precisamos fazer o que fazemos de melhor, e resgatar nossa essência de polícia cidadã. Porque cidadania é só outro nome para a democracia”, declarou Oliveira.
O novo chefe da PRF classificou os atos de vandalismo em Brasília, que completam um mês hoje, como "um dos episódios mais deploráveis" do Brasil. "Resta evidente que a defesa dos ideais republicanos não pode ser meramente retórica. Deve ser praticada diariamente em cada ação, gesto, palavra", afirmou.
"À PRF, cabe a missão de garantir a livre circulação, a segurança pública, e de levar ordem e cidadania a milhares de municípios às margens das rodovias", disse Oliveira. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, participou da cerimônia de posse.