O ex-deputado federal Marcus Pestana, coordenador das prévias do PSDB, afirmou que o problema no aplicativo de votação que motivou o adiamento da eleição interna do partido foi causado por incompetência ou um ataque hacker, segundo declarações feitas ao jornal O Globo. Ele faz parte do grupo de filiados que não conseguiu votar.
De acordo com Pestana, a tecnologia usada na criação do aplicativo não é nova e o trabalho da empresa contratada foi implantar um sistema que já existe para a captação dos votos. O processo para a escolha do candidato da legenda que disputará as eleições para Presidência em 2022 será concluído em nova data a ser definida. As duas principais possibilidades aventadas são a realização de votação online durante a semana ou prorrogação do prazo por 48 horas. Os governadores João Doria, de São Paulo, Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul e o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, disputam o posto.
Em nota de esclarecimento publicada no Twitter na noite de domingo (21), o PSDB afirmou que a Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FAURGS), responsável por desenvolver o aplicativo de votação do partido, está investigando todas as possíveis causas da instabilidade verificada no programa.
“Ao contrário do que foi especulado, os problemas não têm qualquer relação com a compra de licenças para suportar o reconhecimento facial dos filiados. Tanto é que o mesmo número de certificados permitiu o cadastramento bem-sucedido dos mais de 44 mil eleitores. Os votos até agora registrados não serão perdidos, e a segurança do sistema não foi afetada. Todo o processo está sendo acompanhado por técnicos representando as três chapas inscritas, garantindo lisura e transparência”, diz o comunicado do partido.