As recentes declarações do senador Izalci Lucas (DF) de que o PSDB apoia a candidatura de Rogério Marinho (PL-RN) à presidência do Senado provocaram um racha no partido. O diretório regional tucano de Minas Gerais publicou uma nota, ainda na terça (31), discordando das falas e dizendo que o movimento do correligionário foi feito “sem que o assunto tivesse sido discutido de forma mais ampla com o partido”.
O presidente mineiro do PSDB, Paulo Abi-Ackel, e o deputado federal Aécio Neves afirmam que a posição do correligionário é uma manifestação pessoal, e não uma posição partidária, e que “não há razão lógica e muito menos política para que o PSDB deixe de apoiar a reeleição do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG)”.
“Além de ter exercido com seriedade e equilíbrio o seu primeiro mandato, é um aliado político tradicional do PSDB em Minas Gerais”, disseram.
Mesmo com a reprovação dos dois tucanos, Izalci Lucas manteve sua posição e afirmou à CNN Brasil, na manhã desta quarta (1), que Rogério Marinho tem “total” chance de vencer a eleição, e que a vitória dele será o fim de uma espécie de judicialização dos projetos aprovados pelo Congresso sob a gestão de Pacheco.
“Todo projeto aprovado no parlamento vai para o Supremo Tribunal Federal (STF). A gente precisa acabar com isso. Precisamos ter uma relação harmônica entre os Poderes, mas não podemos perder espaço”, disse o tucano.
Apesar de reconhecer a dificuldade da disputa, o líder do PSDB no Senado vê um "crescimento significativo na campanha de Rogério Marinho".