Fundado em 2004 a partir de uma dissidência do PT, o Psol pela primeira vez discute internamente a possibilidade de abrir mão de lançar uma candidatura própria ao Palácio do Planalto em 2022 para apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na segunda-feira (8), Lula teve seus direitos políticos e elegibilidade restabelecidos após o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), anular as condenações do petista na Lava Jato.
O apoio do Psol a Lula ainda sofre resistência interna, especialmente dos líderes da legenda que foram expulsos do PT. Mas o debate ganhou força dentro do partido e, reservadamente, lideranças do Psol admitem que o partido nunca esteve tão perto de apoiar um nome do PT numa disputa presidencial, caso Lula entre mesmo na disputa pelo Planalto em 2022.
Candidato do Psol à Presidência em 2018 e à prefeitura de São Paulo em 2020, Guilherme Boulos, por exemplo, estava no palco em que Lula fez seu primeiro pronunciamento após a decisão de Fachin, na quarta feira (10), num indicativo de que pode apoiar o ex-presidente.