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A Executiva Nacional do PT determinou, nesta sexta-feira (11), que as bancadas do partido na Câmara e no Senado devem se alinhar às outras forças de oposição ao governo de Jair Bolsonaro nas eleições internas para o comando das duas casas, previstas para fevereiro. Com o posicionamento, o partido deve se distanciar da candidatura de Arthur Lira (PP-AL), o nome apoiado por Bolsonaro, e também do projeto liderado pelo atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que ainda não tem um representante definido.

"O Partido dos Trabalhadores buscará construir unidade com os partidos de oposição no processo de eleições das mesas da Câmara e Senado, em torno de: a) Compromisso com uma agenda mínima contra retrocessos no campo dos direitos e da pauta econômica para o país; b) cumprimento da proporcionalidade entre os partidos na ocupação dos espaços de direção e comissões nas Casas do Congresso e nas relatorias das matérias legislativas", diz um trecho do comunicado divulgado pelo partido.

O posicionamento do PT na disputa da Câmara estava, até a noite desta sexta, incerto e variava entre duas hipóteses: a junção com as forças de oposição, como acabou selecionado, ou a adesão a outra candidatura com mais chances de vitória. Defensores desta última possibilidade alegavam que o partido poderia adquirir mais espaços de poder na Câmara se endossasse o projeto vitorioso. Segundo o jornal O Globo, Lira se reuniu com representantes do PT e apresentou a eles três propostas simpáticas ao partido: a implementação de uma nova legislação para financiamento sindical, o combate ao "lavajatismo" e a inibição da chamada pauta de costumes, cara aos bolsonaristas. Também nesta sexta, o PSB, outra legenda de oposição a Bolsonaro, vetou o apoio de seus deputados à candidatura de Lira.

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