A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.| Foto: Paulo Sergio/Câmara dos Deputados.

Parlamentares e dirigentes partidários do PT, PSB, PCdoB, PV, Psol, Rede e Solidariedade devem se reunir nesta terça-feira (12) com o procurador-geral da República, Augusto Aras, para pedir a federalização da investigação do assassinato de Marcelo Aloizio de Arruda. Mais cedo, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, já havia confirmado que a legenda deve acionar a Procuradoria Geral da República (PGR).

Arruda foi morto a tiros por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), em Foz do Iguaçu (PR), na madrugada deste domingo (10). Os partidos que apoiam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também tem um reunião, prevista para esta quarta (13), com o ministro do Supremo tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para apresentar uma representação contra falas e atos de incitação ao ódio na campanha.

"Tem que ter uma ação bem contundente quanto a isso e uma movimentação da sociedade civil em apoio", disse Gleisi após uma reunião da pré-campanha petista. “Não é um crime de briga de vizinhos, como diz o presidente [Jair Bolsonaro]. Isso implica em uma questão política e não é isolado. Nós estamos sendo vítimas da violência política no Brasil desde 2017 e 18. Então, queremos que a União tome conta disso para que a gente possa fazer um enfrentamento de fato dessa questão”, ressaltou.

A petista reforçou que o pedido de federalização não se dá por desconfiança em relação à Polícia Civil, informou o Estadão. “Não é em relação à Polícia do Paraná. É em relação à gravidade do crime. Achamos que não pode ser investigado como um crime comum. Estamos dizendo que esse é um fato político que motivou isso, e que não é isolado”, afirmou.