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O PT teria utilizado aproximadamente R$ 6 milhões para pagar a defesa de Lula e outros três dirigentes petistas em processos na justiça ligados às ações na Lava Jato, segundo reportagem publicada nesta sexta-feira (4) pelo jornal Folha de S.Paulo. Um dos escritórios de advocacia envolvidos na defesa dos petistas teria recebido, inclusive, R$ 911 mil em recursos do fundo partidário, financiado com dinheiro público e destinado à manutenção dos partidos.
De acordo com a reportagem, os recursos utilizados pela legenda teriam sido distribuídos ao longo dos últimos cinco anos para escritórios de advocacia que atuaram na defesa do ex-presidente e de três ex-tesoureiros do partido - João Vaccari Neto, Delúbio Soares e Paulo Ferreira – além de outros dirigentes petistas.
Em 2021 o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) advertiu o PT sobre a irregularidade dos gastos do fundo partidário. A sigla também teve as contas de 2015 reprovadas, mas recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ainda aguarda o julgamento da ação. Na prestação de contas do PT, os gastos estão descritos como “serviços de consultoria jurídica." Em nota encaminhada à Folha, o PT afirma que os serviços jurídicos foram adquiridos dentro da lei, na defesa de seus objetivos programáticos e estatutários, e que presta contas à Justiça Eleitoral dos recursos utilizados.
*Correção: Ao contrário do que publicamos anteriormente, um dos escritórios teria recebido R$ 911 mil, entre 2017 e 2018, de recursos do fundo partidário para custear a defesa de dirigentes da sigla e não R$ 6 milhões como noticiado inicialmente. Em reportagem, o jornal Folha de S.Paulo informou que o montante milionário repassado aos advogados contemplaria outras fontes de recurso e não apenas valores do fundo partidário.