A Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (Afpesp) reagiu ao reajuste salarial sancionado pelo prefeito da capital paulista Bruno Covas (PSDB) para elevar seus rendimentos em 46% a partir de 2022. A lei foi assinada na véspera de Natal e aumenta o salário de R$ 24 mil para R$ 35 mil. Para o presidente da AFPESP, Álvaro Gradim, o reajuste é 'abusivo' e 'inoportuno' no contexto da pandemia da Covid-19 e da demanda de recursos para a Saúde. "Além disso, é profundamente injusta com a grande massa dos servidores da prefeitura, inclusive os que estão na linha de frente no combate à covid-19", afirma.
O último reajuste ocorreu em 2012 e o congelamento era entrave para a elite do funcionalismo público receber aumento, uma vez que o salário do prefeito é o teto dos servidores municipais. "A grande massa dos servidores municipais paulistanos vem tendo, desde 2013, reajustes de apenas 0,01% por ano, por força de lei" compara Gradim. "A medida é no mínimo, antiética e desrespeitosa com os funcionários do município", acrescenta. Os salários do vice-prefeito eleito, Ricardo Nunes (MDB), e dos secretários municipais também tiveram aumentos de 47% e 53%, respectivamente, passando dos atuais R$ 21,7 mil para R$ 31,9 mil no primeiro caso e R$ 19,3 mil para R$ 30,1 mil no segundo.
Associação critica reajuste no salário de Bruno Covas: “abusivo e inoportuno”
- 28/12/2020 19:28
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